Bolsonaro: dominando as noticias, novamente - FolhaPress
"Policial
que não mata não é policial", diz Bolsonaro
Folhapress27 de novembro de 2017
https://br.noticias.yahoo.com/bolsonaro-conversa-com-economista-paulo-164800082.html
https://br.noticias.yahoo.com/bolsonaro-conversa-com-economista-paulo-164800082.html
JOELMIR TAVARES, RENAN MARRA E THAIZA PAULUZE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
- Com discurso mais liberal adotado nos últimos dias, o pré-candidato à
Presidência e deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) não deixou as polêmicas
de lado nesta segunda (27). Ele defendeu, por exemplo, a participação dos 20
policiais que estão envolvidos na morte de 356 pessoas no Rio de Janeiro.
"Policial que não mata
não é policial", disse Bolsonaro em evento promovido pela revista
"Veja" ao comentar reportagem publicada pelo jornal "O
Globo". Segundo ele, esses policiais devem ser condecorados.
Questionado por um espectador
se criaria uma "bolsa-fuzil", o pré-candidato respondeu que essa
seria uma boa ideia.
Quando perguntado se iria
entregar metade dos ministérios aos militares, Bolsonaro ironizou. "Até
pouco tempo, durante o governo PT, tínhamos ministros corruptos e guerrilheiros
e ninguém falava nada", disse, arrancando risos e aplausos da plateia.
Segundo ele, o atual ministro
da Defesa, Raul Jungmann, é desarmamentista, um fato que, segundo ele, é
"inaceitável". "É a mesma coisa que você colocar em uma cirurgia
um médico que tem nojinho de sangue".
MINISTRO DA FAZENDA
O deputado afirmou que
conversa com o economista Paulo Guedes para ser o seu ministro da Fazenda, caso
seja eleito em 2018.
Segundo ele, ambos conversaram
em duas oportunidades, em encontros que duraram aproximadamente oito horas.
"Ainda não existe um
noivado entre nós, mas um namoro", disse Bolsonaro. "Se a gente teve
um segundo encontro é porque houve uma certa simpatia".
Bolsonaro disse que procurou
alguém crítico a planos econômicos passados, como o plano cruzado e o real. Ele
e Guedes conversaram sobre a Previdência, como arrecadar mais com menos
impostos e diminuir a dívida pública, entre outros assuntos. O economista é um
dos fundadores do banco Pactual e do grupo financeiro BR Investimentos.
Ainda sobre economia,
Bolsonaro afirmou que terá como prioridade a manutenção do tripé econômico
(regimes de metas de inflação, fiscal e câmbio flutuante).
QUESTÃO DE MOMENTO
O pré-candidato comentou
também declarações antigas que, à época, tiveram grande repercussão, como por
exemplo a afirmação de que, para se mudar a situação do país, é necessário
"uma guerra civil", além de matar "uns 30 mil", incluindo
inocentes e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Para Bolsonaro, entretanto,
tudo foi "uma questão de momento".
"Se o [ditador norte-coreano]
Kim Jong-Un lançasse uma bomba H em Brasília e só atingisse o Parlamento, você
acha que alguém iria chorar?", justificou, provocando mais risos e
aplausos do público.
Em relação ao fim do foro
privilegiado, Bolsonaro afirmou o projeto é um "engodo" e que
pretende votar a favor do privilégio aos políticos. Segundo ele, com o fim do
foro, os parlamentares, ao recorrerem de seus processos em primeira instância,
poderiam ganhar tempo até que se tenha uma decisão final.
Sobre política externa, Bolsonaro
criticou a relação do Brasil com a China dizendo que o que existe não é
amizade, mas sim interesse. "A China não está comprando no Brasil, mas sim
o Brasil".
Para se eleger em 2018,
Bolsonaro disse que tem como premissas a verdade acima de tudo, o patriotismo e
a honestidade, além de "Deus no coração".
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